sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Peças da bateria

   Outro dia eu postei aqui uma breve história da bateria. Hoje, vou postar as peças desse instrumento e alguns acessórios geralmente usados pelos bateristas.
     A bateria é um instrumento da familia da percussão, então há uma variedade grande de tambores e pratos com tamanhos, materiais, espessuras diferentes. Sem falar dos acessórios de percussão adicionados na bateria, ou seja, as possibilidades são inúmeras, o que vale é a criatividade, eu mesmo uso um molho de chaves no meu kit (chavilhão). Aqui você vai encontrar os instrumentos mais comuns. O legal é pesquisar, onde você mora com certeza tem algo que dá pra colocar na bateria. 
  

Bumbo


É um tambor de som grave podendo ter uma ou duas peles. Suas medidas variam entre 18” e 22” de diâmetros (pele) e 14” a 18 de profundidade. É tocado com um pedal. 








Caixa ou caixa clara

Como sabemos, a caixa é um dos principais instrumentos da percussão. Ela possui duas peles e suas medidas variam entre 10” e 15” de diâmetro (pele) e 3” a 8” de altura. Tem som claro (aberto) obtido por uma esteira (conjunto de fios de metal colocado na parte inferior). As caixas menores que 14” são chamadas de piccolo e geralmente são usadas como efeito no kit de bateria.  
Tom-tons e surdo

São tambores com uma ou duas peles suspensos aos pares em estantes (tom holder) e colocados em cima do bumbo. Suas medidas variam entre 6” e 18” de diâmetro (pele) e 4,5” a 16” de altura. Seu uso na bateria é indispensável por serem utilizados nas viradas e construção de frases. Quando os toms têm somente uma pele, são chamados de concert toms muito usados em orquestras.
Obs.:
Na bateria, os tambores com medidas entre 6” a 13” são chamados de tom e de 14” a 18” são chamados de surdo, porém não existe uma regra quanto a essas denominações.


Chimbal – hit-hat – contratempo - xipó

São par de pratos com diâmetros entre 13” e 15” colocados num sistema de estante chamado máquina de chimbal. Esse sistema consiste em posicionar um prato com a sua cúpula voltada para baixo e outro prato com a sua cúpula voltada para cima. O prato de baixo fica fixo e o de cima se move com o auxílio de uma haste presa a ele e ligada a um pedal acionado pelo pé. Foi introduzido na bateria para que o músico pudesse trabalhar com independência, sendo um pé para o bumbo e o outro para os pratos. O nome chimbal é a variação do termo inglês “cymbal” que significa prato. Em inglês se chama hit-hat; no Brasil usam-se os termos chimbal, contratempo ou xipó




Prato de ataque - crash

Medem entre 14” e 20” de diâmetro, suspensos numa estante e produz um som cheio de harmônicos com bastante tempo de duração. Na música é usado quando se deseja produzir um som forte com bastante brilho.





Prato de condução - ride

Medem entre 18” e 22” de diâmetro, também são suspensos por uma estante, produz um som curto e com pouco tempo de duração. Na música é usado para marcação.


China


É um prato comum, porém, com a borda voltada para cima. Seu diâmetro varia entre 12” e 22”. A sonoridade do china é semelhante ao tam-tam. 




Splash


São pratos de diâmetro pequeno que variam entre 8” e 12”, servem para se obter um som agudo, penetrante e cheio de harmônicos com ataque de curta duração.


Cow Bell


Também conhecido como cencerro, é um sino com badalo pendurado no pescoço do gado usado para localizar o animal perdido do rebanho. Porém, em algumas regiões, esse instrumento passou a ser usado em orquestras, ganhando bastante notoriedade devido a sua excelente qualidade sonora. Muito usado na música popular de Cuba.

Wood block e jam block
 
Bloco geralmente retangular feito em madeira com um corte que transforma uma parte dele em lamina.
O jam block tem as mesmas características do wood block, porém é feito de plástico 
 Carrilhão

Conjunto de hastes de metal oco ou maciço dispostos paralelamente na posição vertical. Diferente do carrilhão tradicional que é feito com sinos geralmente usado nas igrejas e do carrilhão de orquestra conhecido como tubular bells.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

História da Bateria

Andei lendo no dicionário de percussão, sites e periódicos algumas matérias relacionadas a história da bateria e cheguei a conclusão de que esse assunto é vasto, devido ao local e época em que ela surge. 

Procurei ser breve no texto que segue. se alguém tiver algum material e quiser compartilhar será muito bem vindo.

         A bateria é um instrumento da família da percussão e consiste num conjunto de tambores, pratos, também podendo ter alguns acessórios tais como: cowbell, pandeiro meia-lua, blocos sonoros, carrilhão, entre outros, sendo tocada apenas por uma pessoa geralmente com auxilio de uma baqueta. Ela nasceu no final do século XIX junto com as bandas de circo e de jazz, tendo se destacado mesmo com as bandas de jazz que era o estilo musical mais influente da época, atualmente é usada na música popular: rock, samba, dance entre outros estilos.

A bateria ou trap set como era chamada era bem diferente tal qual conhecemos hoje, no começo não existia estante pra caixa e os bateristas tinham que colocá-la numa cadeira ou pendurá-las no corpo por um talabarte. O pedal de bumbo foi inventado por William F. Ludwig feito em madeira e depois, com ajuda de seu cunhado, começou a fabricar em aço.

Outra grande invenção foi a máquina de chimbal, desenvolvida pelo baterista Gene Krupa.

Os tambores tinham medidas bem maiores em relação às baterias de hoje em dia, um bumbo media em torno de 26 polegadas e eram bem rasos, isso porque os tambores que constituíam a bateria na época eram os mesmos usados nas bandas de música, com o passar do tempo essas medidas foram diminuindo, e hoje temos bumbos com 18, 20 e 22 polegadas.


Os tom-tons também não existiam naquela época, eram usados pequenos tambores japoneses colocados em cima do bumbo, mas como os bumbos eram grandes demais, acabava atrapalhando o acesso aos pequenos tambores.


Com o passar dos anos a bateria foi sendo aperfeiçoada e novos modelos foram criados.

Na década de 80 apareceram os primeiros kits de bateria eletrônica onde são usados samplers com diversos tipos de sons e efeitos.


Hoje em dia o mercado de bateria investe pesado em pesquisas, com engenheiros especializados na fabricação de tambores, ferragens, baquetas, pratos, peles e outros insumos que compõem uma bateria; sem falar em livros, site, revistas, workshops que se atualizam a cada dia.

A bateria tem ganhado destaque no meio musical, deixando de ser meramente um simples instrumento de acompanhamento e passando a ser usado como instrumento solo. 

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Estudando o xilofone

A seguir temos uma série de estudos técnicos para xilofone. Esses exercícios foram criados a partir do método "Instruction Course for Xylophone" do percussionista George Hamilton Green. Ele participou da trilha sonora dos desenhos do pica pau e deixou importantes trabalhos para xilofone como ragtimes, além desse método que citei acima.

Os exercícios servem para adquirirmos velocidade nos teclados. O xilofone, como sabemos, é um instrumento bastante rápido e a série abaixo vai nos ajudar a obter velocidade além de treinarmos as escalas.
Comece tocando lento, a 40 bpm e vá aumentando aos poucos. Toque cada exercícios várias vezes.

Dó maior




Lá menor




Do maior




Lá menor




Lá menor harmônico




Lá menor melódico




Bons estudos!....

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Viradas

Muito comum na música popular, a virada consiste em fazer uma seqüência rítmica diferente no groove que acompanha a música. Geralmente ela não é escrita pelo arranjador ou compositor, esses deixam a cargo do instrumentista fazer, e depende da habilidade e gosto de cada um. É comum vermos o termo fill ou drum fill.

Exemplo:






Um jeito fácil de tocar viradas na bateria é você pensar na fórmula de compasso (métrica), por exemplo: se a musica estiver em compasso quaternário, que é bastante comum, você vai contar 1 2 3 4, 1 2 3 4, etc e encaixar a virada no tempo em que desejar. Geralmente ela é feita de um compasso para o outro e pode ser tocada no último tempo do compasso, no penúltimo e ultimo tempo do compasso e no compasso inteiro.

Exemplo 1 - virada no último tempo do compasso:






Exemplo 2 - virada nos dois últimos tempos do compasso:





Exemplo 3 - virada no compasso inteiro:





Se o compasso for de cinco ou mais tempos, você pode  usar a mesma fórmula acima e adicionar a virada nos três ou quatro últimos tempos do compasso.

Exemplo no compasso de cinco tempos:





Exemplo no compasso de sete tempos:







Outra forma bastante usada é "chamar" a virada um compasso antes. Quer ver o exemplo?









Sempre digo que o mais importante é usar a criatividade, experimente essa forma de fazer viradas e depois comentem ou tire suas aqui nesse tópico.